quarta-feira, 29 de maio de 2013

Crianças de várias cidades soltam pipas durante abertura de Conferência Internacional


Para marcar a abertura da Conferência Internacional pelo Direito à Convivência Familiar e Comunitária crianças de várias partes do mundo soltaram pipas simultaneamente; em Manaus o ato ocorreu na Zona Oeste da cidade



Crianças brincam de empinar pipa na sede da Aldeia SOS em Manaus (Márcio Silva)


Dezenas de crianças de Manaus participaram de um evento comemorativo realizado em diversos estados do Brasil e países da América Latina. Simultaneamente, crianças de várias cidades empinaram pipas no fim da tarde desta terça-feira (28), como forma de marcar o início da Conferência Internacional pelo Direito à Convivência Familiar e Comunitária, sediada na região da Tríplice Fronteira de Foz do Igauaçu (PR).

Segundo organizadores, o ato simbolizou a importância das pessoas viverem plenamente sua vida infantil. Em Manaus, as crianças se reuniram na sede da “Aldeias Infantis SOS Brasil”, no bairro Alvorada I.

O Amazonas é um dos 12 estados do País que integra a rede, que nasceu no continente europeu no pós-guerra em 1945. Há 18 anos a instituição atende crianças da comunidade no entorno de sua sede, na Zona Oeste de Manaus, e jovens que tiveram a guarda dos pais tomada pela Justiça.

Atualmente, a Aldeia atende 200 crianças nesta condição. Deste número, 69 são moradores do local. Elas recebem ajuda psicológica, alimentar e escolar.“São crianças que vivem em risco social que são acolhidas por nós. Aqui nós as preparamos para a vida, fazendo um trabalho de busca e identificação de suas potencialidades por meio de aulas de música, dança, artes, esportes e aulas de computação”, comenta o fundador da organização em Manaus, Nelson José de Castro Peixoto.




Gleice Kelly, de apenas 10 anos, é moradora do Bairro da Paz e frequenta a Aldeia diariamente. “Saio da aula e venho para cá fazer alguma coisa, é melhor do que ficar em casa ou nas ruas do meio do bairro onde não tem nada de bom para fazer. Aqui eu posso brincar, além de fazer as aulas de dança”, comenta Gleice.

Filósofo de formação, Peixoto acredita que somente lutando por uma infância digna é possível criar cidadãos capazes de integrar de maneira positiva a sociedade. “Ainda faltam políticas públicas que amparem crianças carentes em estado de risco. É necessário criar uma rede que possa criar condições para que elas se desenvolvam de maneira correta, sem pular nenhuma fase de sua infância até a fase adulta, o que fazemos aqui é apenas parte do deveria ser feito pelo próprio governo”, finaliza Peixoto.

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